Terra da hospitalidade e dos amantes de carros antigos. Essa é Bom Jesus do Itabapoana

6 de março de 2023

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Olá!

Na Rota dos Clássicos chega a “Terra da Hospitalidade”. Não sabe onde fica e/ou qual é esse local que encanta? Estamos falando de Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do estado do Rio de Janeiro.

Eu sou Marcio Henriques, proprietário do fusca Zé Begín, que você pode encontrar no Instagram @zebegin_fusca70.

Bom Jesus do Itabapoana já declama em seu hino ser a Terra da Hospitalidade, quando diz “oh Bom Jesus, terra de hospitalidade, longe de
ti quase morro de saudade…”. Escrito por um imigrante libanês, Salim Daruich Tannus, retornando de
Gaurapari-ES para Bom Jesus, mediante seu desmedido desejo de retornar a rotina de sua “Terra de Hospitalidade.”
Até meados do século XIX, a região era habitada pelos índios Puris e com a chegada dos colonizadores procedentes de Minas Gerais, foram implantadas na região fazendas movidas à trabalho escravo. Em 1853 foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Natividade do Carangola e três anos mais tarde, uma sub-delegacia no arraial do Senhor Bom Jesus. Em 1885 a cidade passou a pertencer ao município de Itaperuna e cinco anos depois, Bom Jesus do Itabapoana foi elevado à condição de município autônomo.
Bom Jesus do Itabapoana é provido de uma bela região Serrana, que parte do bairro Santa Rosa até o alto-Rosal, no limite com Varre-Sai, em Santa Rita da Prata, envolvendo todas as comunidades rurais situadas nesta imensa região. Até 2011 só havia um empreendimento comercial que explorava o turismo rural e ecoturismo. Hoje, a pequena instalação rural se desenvolveu e ampliou suas instalações e acessibilidade, disponibilizou área de camping, campo de futebol, área para festas privadas. Hoje também já há estabelecimentos pesque e pague, restaurantes, bares, além de empreendimentos como pousadas, que se instalaram na região. O Parque Natural Municipal Sabiá Laranjeira de Rosal é um fator importante para o turismo ecológico da região.
Dentro de inúmeras situações, três fatores alavancaram a indústria do turismo nesta região. O asfaltamento da
rodovia RJ-230, em 2003, a Peregrinação de Nossa Senhora Aparecida de Calheiros a partir de 2010 e o Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal, que se iniciou em 2011 e a partir de 2017 passou a ser reconhecido pelos próprios artistas como o maior festival de música instrumental em praça pública do Brasil. A cidade ainda conta com a Feira Literária de Pirapetinga e o Festival de História de Cultura de Calheiros.
O setor privado se atentou do grande potencial natural que a cidade tem e a realização de um grande investimento está sendo empreendido no turismo na região norte/noroeste fluminense, e sem dúvidas, um dos maiores no estado do Rio de Janeiro. Estima-se que o valor gira entorno de R$ 15.000.000,00, sendo que já se investiu mais de R$ 6.000.000,00.
Locais como a Cachoeira da Fumaça de Calheiros, mostra que BJI, tem muito a oferecer aos seus visitantes e esse potencial resultará em um complexo turístico com conceito estrutural de resort.
“O potencial inexplorado nesta região, é capaz de se tornar um grande competidor do próprio Parque Nacional do Caparaó, que fica bem próximo da cidade. Na região Serrana-BJI há 22 cachoeiras em totais condições de serem exploradas, com um detalhe, oito delas no rio
Itabapoana que são muito superiores a qualquer cachoeira do Caparaó”. Palavras do munícipe de BJI, Frederico Rangel.
Ainda segundo ele, “Pelo fato do nosso rio ser uma bacia hidrográfica formada por todos os rios do Parque Nacional do Caparaó, as águas se apresentam totalmente cristalinas entre abril e setembro. Um detalhe importante de se comparar, é o quesito acessibilidade para as cachoeiras, sendo as do Caparaó, muitas delas, ainda inacessíveis para idosos ou portadores de necessidades especiais, diferente das cachoeiras bom-jesuenses, todas plenamente acessíveis, salientando ainda que a temperatura das águas de nossas cachoeiras se adequa a qualquer público.”
Na região há três pontos com elevada altitude. O Monte do Silêncio (800m) e a Pedra do Creto (980m)
em Calheiros, e a Pedra Branca de Pirapetinga com seus 1200m. Todos os pontos facilmente acessíveis para a maioria das pessoas e com um visual de deixar qualquer um de boca aberta. O Memorial Governadores Roberto e
Badger Silveira, na margem da rodovia RJ 230, próximo a Fazenda São Tomé, é outro local que merece ser visitado. A história do Padre João Mendes Ribeiro, o “Padre Preto” de Calheiros e a história da Luz do Monte Azul de Rosal, desperta a curiosidade e fascínio em todos que ouvem seus relatos. Um fenômeno metafísico que mistura crendices e mistérios deste 1900.
A Festa principal da cidade é realizada em agosto. É a Festa da Coroa do Divino Espírito Santo, que com seus quase 160 anos, atrai visitantes de toda região e diferentes estados do país, além de ser repercutida em informativos e sites relacionados a cultura açoriana/portuguesa, nos EUA e Europa.
A Peregrinação de Nossa Senhora Aparecida de Calheiros, é atualmente um dos maiores eventos católicos do estado do Rio de Janeiro. Impulsionado por este evento, o setor gastronômico e hoteleiro é bem movimentado na região serrana de BJI.
O Circuito da Fé da região Serrana, também é outro forte colaborador para seguimento turístico. Ainda nesta região, temos a força da fruticultura e das hortaliças orgânicas, sendo o principal polo de produção agrícola, que mediante a diversidade de culturas da região, tem totais condições de ser desenvolvido um grandioso polo de turismo rural na serra de BJI.
A região do Arraial Novo e Serra do
Cachoeirão ainda se destaca por suas paisagens de altitude impactantes, tendo esses lugares uma média de 700 metros acima do nível do mar, sem
contar com o clima de montanha conferido.
Dentro de todos esses encantos apresentados, BJI conta com uma grande frota de veículos antigos, clássicos de nossa história automobilística, mas que até pouco tempo atrás estavam guardados em suas respectivas garagens.
Foi aí, que um grupo de amigos percebeu a necessidade de colocar esses possantes para rodar e fundaram o Clube dos Antigos de BJI, em 2021. Logo eles começaram a se reunir. 3, 4, 5, amigos e hoje contam com 32 integrantes.
Eles se consideram um grupo pequeno, mas dizem que sua força está no respeito, união e amizade. Tiagão, de pequeno vocês não tem nada. Vocês são gigantes.
Segundo Tiago Assumpção, presidente do clube, “Somos muito próximos de outros grupos da região, tais como: Relíquias de Itaperuna, Campos Volks, Fusca Clube Guaçuí e Kombeiros Clube Capixaba (KCC). Prestigiamos os eventos realizados na nossa região e acreditamos que assim fortalecemos o antigomobilismo e colaboramos de certa forma para incentivar a tirar os antigos da garagem.”
O grupo conta com veículos de várias montadoras e um dos critérios para fazer parte é que o veículo tenha mais de 25 anos.
Eles se reúnem duas vezes por mês, onde que o primeiro quinzenal é realizado na casa de algum membro ou outro espaço disponível e o segundo quinzenal é um rolé em comboio para alguma cidade proxima de BJI.
Eles ainda não contam com um estatuto e nem sede, mas já estão trabalhando internamente para preencher essas lacunas.
Tiagão relata que, “Bom Jesus do Itabapoana é a cidade tranquila, gostosa de estar, de visitar. Sua localização permite vários programas legais, pois está localizada no noroeste fluminense, na divisa com o Espírito Santo. Temos uma rede hoteleira acolhedora que atende as demandas do calendário de eventos do município e que cativa nosso visitante a retornar. Espero ver vocês aqui em BJI.”
Tiagão, convite aceito e logo logo estaremos aí em Bom Jesus do Itabapoana para curtir e conhecer a galera. E vocês, vão ficar de fora?
Você pode chegar em BJI indo pela BR-393 norte, BR-356 até a BR-393, pela RJ-230, e pela BR-484 sul.