A Ágora Pesquisa EIRELI, empresa de pesquisas eleitorais, está mais uma vez sob os holofotes devido a impugnações relacionadas às suas atividades em Silva Jardim, RJ. A coligação “Para Silva Jardim Seguir Avançando” protocolou uma representação judicial, alegando falhas graves nas pesquisas conduzidas pela empresa e questionando a veracidade dos dados divulgados, colocando em risco a legitimidade do processo eleitoral no município.
Segundo os documentos protocolados no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, a Ágora Pesquisa já foi alvo de múltiplas impugnações, inclusive em outros municípios, como Piraí, RJ, onde uma sentença procedente determinou a suspensão de uma pesquisa por falta de transparência e falhas metodológicas. Em Silva Jardim, a situação se repete, com denúncias de ausência e insuficiência dos documentos que deveriam garantir a segurança e a confiabilidade dos resultados, contrariando o que prevê a Resolução TSE nº 23.600/2019.
A investigação da coligação aponta que a pesquisa eleitoral registrada sob o número RJ-06107/2024 foi realizada sem a devida complementação dos dados necessários, como a metodologia empregada, o plano amostral e a identificação dos entrevistadores, além da ausência do relatório completo com os resultados, documento obrigatório para a validação do registro da pesquisa. Essas falhas comprometem a veracidade dos dados e levantam suspeitas sobre a idoneidade da Ágora Pesquisa, especialmente considerando que esta já teve outras pesquisas impugnadas por motivos similares em anos anteriores.
Ainda de acordo com o documento, a coligação solicita uma medida liminar para suspender a veiculação dos resultados até que a Ágora disponibilize os dados completos para verificação. A ausência dessas informações pode causar um grave desequilíbrio eleitoral, comprometendo o processo democrático ao fornecer informações potencialmente equivocadas aos eleitores.
Com um histórico de impugnações recorrentes e questionamentos sobre a confiabilidade de suas pesquisas, a Ágora Pesquisa enfrenta, mais uma vez, críticas sobre sua capacidade de conduzir estudos de opinião de forma transparente e metodologicamente correta. As falhas detectadas nas pesquisas realizadas pela empresa indicam uma falta de comprometimento com as normas eleitorais, colocando em xeque sua credibilidade perante o público e as autoridades.
Diante das irregularidades apontadas, a Justiça Eleitoral de Silva Jardim terá de decidir se as pesquisas realizadas pela Ágora podem continuar sendo divulgadas ou se novas sanções serão impostas. Enquanto isso, cresce a percepção de que os dados divulgados pela empresa devem ser analisados com cautela, considerando o histórico de inconsistências e a falta de cumprimento das normas eleitorais estabelecidas.
